Parashá Nasso: Um Banquete de Instruções Divinas

A Parashá Nasso, cujo nome significa “elevar” ou “levantar”, nos leva em uma jornada de instruções divinas transmitidas a Moisés no deserto do Sinai. É como um banquete farto, repleto de diferentes pratos, cada um servindo um propósito importante para a vida do povo israelita.

Na Primeira Entrada:

Moisés recebe orientações específicas sobre os levitas, a tribo designada para servir no Tabernáculo, a morada portátil do Criador. São definidos os deveres dos Kohanim (sacerdotes), descendentes de Arão, irmão de Moisés, e responsáveis por conduzir os rituais sagrados.

O Segundo Prato:

A Parashá Nasso também aborda a questão da pureza ritual. Moisés é instruído sobre como lidar com a impureza causada por doenças de pele, emissões seminais e contato com cadáveres. São estabelecidos rituais de purificação para que o povo possa se aproximar do Criador em um estado de santidade.

O Prato Principal:

A narrativa chega ao clímax com a cerimônia de inauguração do Tabernáculo. Moisés, seguindo as instruções precisas do Criador, supervisiona a montagem da estrutura, a consagração dos utensílios e a oferta dos sacrifícios dedicatórios. É um momento de celebração e reafirmação da aliança entre o Criador e o povo israelita.

A Sobremesa Doce:

Após a inauguração do Tabernáculo, a Parashá Nasso apresenta a bênção sacerdotal (Birkat Kohanim) – um conjunto de palavras proferidas pelos Kohanim para abençoar o povo. É um momento de grande significado, pois representa a conexão entre o Criador e o povo através dos sacerdotes.

Para Refletir:

A Parashá Nasso, apesar de conter instruções aparentemente complexas, oferece lições valiosas para a vida:

• Especialização e Serviço: Os levitas, cada um com sua função, demonstram a importância da especialização e do serviço dedicado a uma causa maior.
• Pureza e Santidade: A ênfase na pureza ritual nos ensina a buscar a santidade em nossos atos e pensamentos, tanto no físico quanto no espiritual.
• Dedicação e Celebração: A cerimônia de inauguração do Tabernáculo nos convida a dedicar nossas vidas a propósitos sagrados e a celebrar as conquistas alcançadas com fé e trabalho.
• Bênção e Conexão: A bênção sacerdotal nos lembra do poder da bênção e da importância de buscar a conexão com o Criador.

A Parashá Nasso, como um banquete farto, nos alimenta com conhecimentos e nos inspira a viver uma vida dedicada ao serviço, à pureza, à celebração e à bênção.

Parashá Nasso: Uma Comédia Divina no Deserto

Cena 1: Moisés, o Gerente de Recursos Humanos Divino (ou o Líder que Trocou a Terra Prometida por um Organograma)

Moisés: (descendo do Monte Sinai com as Tábuas da Lei, suado e com cara de quem acabou de criar o organograma mais detalhado da história) Pessoal, reunião geral! Tragam seus cadernos, canetas e muita paciência, porque hoje vamos falar sobre a organização da tribo dos levitas!

Povo: (murmúrios empolgados) Levitas?! De novo?! Já não bastava a divisão por tribos? Agora vamos ter que separar os levitas em subgrupos, com cargos e funções específicas? Isso vai ser mais complicado que montar um quebra-cabeça com peças faltando!

Moisés: (suspira) Calma, gente, não é bem assim. Os levitas são a tribo especial, a tribo responsável pelo culto e pela santidade do Tabernáculo. Eles precisam ter uma organização impecável para garantir que tudo funcione perfeitamente.

Cena 2: O Povo Lê as Instruções (ou Tenta Decifrar o Manual de Funções Divino)

Povo: (lendo em voz alta) “Fala a Arão, dizendo: Manda os levitas, cada um ao encargo do seu serviço, e que entendam os filhos de Israel, para que cumpram todas as coisas que eu lhes ordenei.” “Falou o Senhor a Moisés, dizendo: Toma os levitas dos filhos de Israel, de vinte e cinco anos para cima, até aos trinta e cinco anos, e alista-os por suas famílias, por suas casas paternas.” “E Moisés tomou os levitas, segundo a palavra do Senhor, de vinte e cinco anos para cima.” “E foram os alistados por suas famílias, por suas casas paternas, segundo todos os seus varões, de vinte e cinco anos para cima, até aos trinta e cinco anos, todos os alistados para o serviço, para servirem no Tabernáculo da congregação, foram seis mil e duzentos.”

Povo: (com cara de confusão) O quê?! 25 anos para cima? Alistamento por famílias? Serviço no Tabernáculo? Isso vai ser um caos! E se algum levita se rebelar e decidir virar pastor de ovelhas? E se o Tabernáculo pegar fogo? E se a Arca da Aliança se perder no meio do deserto?

Moisés: (rindo ainda mais) Calma, pessoal, as instruções são para garantir a ordem e a eficiência no culto ao Criador. Os levitas são treinados para suas funções e o Tabernáculo é um lugar sagrado e protegido.

Cena 3: O Povo Tenta Seguir as Instruções (ou Faz Malabares com Tendas, Sacrifícios e Regras)

Povo: (tentando seguir as instruções) Ok, vamos tentar… Alistar os levitas… hum, acho que vou ter que contar todos os meus parentes que são levitas, inclusive os bebês e os avós. Treinamento para o Tabernáculo… hum, espero que saibam acender o fogo e preparar os sacrifícios corretamente, porque eu não tenho experiência com isso. Regras para a pureza ritual… hum, vou ter que tomar cuidado para não tocar em nenhum cadáver ou animal impuro, senão vou ficar de quarentena no deserto.

Moisés: (observando com um olhar divertido) Vejo que a organização dos levitas não vai ser fácil. Mas não desistam! A cada dia, podemos aprender a servir ao Criador com dedicação e seguir suas instruções com fé e bom humor.

Cena 4: O Povo Comemora a Bênção Sacerdotal (ou Faz Uma Festa de Bênçãos para Todos)

Povo: (cantando e dançando, mas com um olho no céu para ver se a bênção sacerdotal vai funcionar) Que o Criador nos abençoe! Que os Kohanim nos protejam! Que a pureza ritual nos traga saúde!

Moisés: (juntando-se à festa, mas com um olho no estoque de maná para garantir que ninguém passe fome) Parabéns, pessoal! Vocês aprenderam muito hoje. Mas lembrem-se: a organização da tribo dos levitas é apenas uma parte da nossa jornada. O mais importante é servir ao Criador com amor, pureza e fé.

( Marcelo Barzilai )