PARASHÁ TSAV
A parashá Tsav, que significa “ordena”, é a segunda porção do livro de Vayikrá e detalha as leis e os rituais relacionados aos sacrifícios e ofertas no Mishcan. Os principais tópicos abordados são:
Os sacrifícios no Mishcan, um tema central no judaísmo antigo, desempenhavam um papel fundamental na relação entre o povo de Israel e D’us. Esses rituais, detalhadamente descritos no livro de Vayikrá, expressavam devoção, buscavam expiação e fortaleciam a conexão espiritual.
Tipos de Sacrifícios:
- Holocausto (‘olah’): Uma oferta completa, na qual o animal era totalmente queimado no altar. Simbolizava a entrega total a D’us.
- Oferta de Farinha (‘minchah’): Uma oferenda de farinha, azeite e incenso. Expressava gratidão e reconhecimento da provisão divina.
- Oferta de Paz (‘shelamim’): Um sacrifício de comunhão, no qual parte do animal era consumida pelo oferente, sua família e os sacerdotes. Promovia a paz e a harmonia.
- Oferta pelo Pecado (‘chatat’): Um sacrifício para expiar pecados involuntários. O tipo de animal variava de acordo com as condições financeiras do ofertante.
- Oferta de Reparação (‘asham’): Um sacrifício para expiar pecados que envolviam transgressões contra o próximo ou contra propriedades sagradas.
O Papel dos Cohanim:
Os Cohanim, da tribo de Levi, desempenhavam um papel crucial nos rituais de sacrifício. Eles eram responsáveis por:
- Realizar os sacrifícios de acordo com as leis.
- Garantir a pureza dos rituais e do Mishcan.
- Intermediar entre o povo e D’us.
O Altar e o Fogo Constante:
O altar, localizado no pátio do Mishcan, era o local central dos sacrifícios. O fogo que ardia continuamente sobre o altar simbolizava a presença divina e a devoção constante a D’us.
Significado dos Sacrifícios:
Os sacrifícios no Tabernáculo tinham múltiplos significados:
- Expressão de Devoção: Os sacrifícios eram uma forma de demonstrar amor, respeito e gratidão a D’us.
- Busca por Expiação: Os sacrifícios pelos pecados buscavam a purificação e o perdão divinos.
- Fortalecimento da Conexão: Os rituais promoviam a comunhão entre o povo e D’us, fortalecendo a aliança.
- Simbolismo: Os sacrifícios eram ricos em simbolismo, representando conceitos como entrega, purificação e reconciliação.
É importante ressaltar que, com a destruição do Segundo Templo de Jerusalém, os sacrifícios cessaram no judaísmo. Atualmente, a oração, o estudo da Torah e a prática de boas ações são considerados formas de serviço a D’us.
Moshe e Acharon
Moshe: Acharon, essas vestes estão um pouco apertadas, não acha? Parece que você ganhou uns quilinhos desde a última vez.
Acharon: (Tentando abotoar o peitoral) Moshe, por favor, não comece. É difícil manter a forma com tantos sacrifícios e ofertas. E você sabe, carne de cordeiro é irresistível.
Moshe: (Apontando para o altar) E esse fogo? Parece que você está tentando assar um boi inteiro! O Eterno disse “fogo constante”, não “churrasco infinito”.
Acharon: (Defensivo) É para manter o ambiente acolhedor, Moshe! Imagina D’us chegando e o altar frio? Que falta de hospitalidade!
Moshe: (Suspirando) Acharon, você e suas desculpas… E as ofertas de farinha? Parece que você está fazendo bolo para um batalhão!
Acharon: (Com um sorriso) São para o povo, Moshe! Eles adoram um bolinho depois de um sacrifício. E você sabe, D’us também gosta de um docinho de vez em quando.
Moshe: (Balançando a cabeça) Você e suas indulgências… Mas, falando sério, Acharon, precisamos seguir as leis com precisão. O Criador não está para brincadeira.
Acharon: (Sério) Eu sei, Moshe. Prometo me comportar. Mas, por favor, não me peça para recusar um pedacinho de bolo.
Moshe: (Com um sorriso) Tudo bem, Acharon. Mas só um pedacinho. E nada de churrasco extra no altar!
( Marcelo Barzilai )
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