PARASHÁ KI TISSÁ
A parashá Ki Tissá, que significa “Quando levantares”, é uma das porções semanais da Torah mais ricas em ensinamentos e eventos significativos. Ela aborda temas cruciais como o pecado do bezerro de ouro, a renovação da aliança entre D’us e o povo de Israel e a revelação dos treze atributos da misericórdia divina.
Um dos pontos centrais da parashá é o episódio do bezerro de ouro, que representa a fragilidade da fé humana e a tendência à idolatria. Esse evento serve como um alerta sobre os perigos de se desviar dos valores da Torah e de princípios que norteiam a existência do Povo de Israel, como o Tikun Olam, por exemplo.
No entanto, Ki Tissá também nos mostra a infinita misericórdia divina. Apesar do erro do povo, D’us renova a aliança com Israel e revela os treze atributos de Sua misericórdia, que são a base da esperança e do perdão.
Além disso, a parashá aborda a importância do tabernáculo e dos seus utensílios, que simbolizam a presença divina no meio do povo. A construção e a dedicação do tabernáculo representam o desejo de D’us de habitar entre os seres humanos e de se relacionar com eles.
Ki Tissá também nos ensina sobre a importância do arrependimento e da busca pelo perdão. O exemplo de Moshe, que intercede pelo povo e busca a misericórdia divina, nos mostra o poder da oração quando se tem intimidade com o Criador.
Em resumo, a parashá Ki Tissá nos oferece valiosas lições sobre fé, pecado, misericórdia, arrependimento e a busca pelo relacionamento íntimo com D’us. Ela nos convida a refletir sobre nossos próprios caminhos e a nos fortalecer em resiliência.
Na parashá Ki Tissá, D’uus revela a Moshe os treze atributos da Sua misericórdia, que são:
- Adonai (יהוה): Misericordioso antes do pecado.
- Adonai (יהוה): Misericordioso após o pecado.
- El (אֵל): Deus poderoso e compassivo.
- Rachum (רַחוּם): Misericordioso.
- Chanun (חַנּוּן): Gracioso.
- Erech apayim (אֶרֶךְ אַפַּיִם): Lento para a ira.
- Rav chesed (רַב חֶסֶד): Abundante em bondade.
- Emet (אֱמֶת): Verdadeiro.
- Notzer chesed laalafim (נֹצֵר חֶסֶד לַאֲלָפִים): Preserva a bondade para milhares de gerações.
- Nosei avon (נֹשֵׂא עָוֹן): Perdoa a iniquidade.
- Va-fesha (וָפֶשַׁע): A transgressão.
- Ve-chata’ah (וְחַטָּאָה): E o pecado.
- Venakeh (וְנַקֶּה): Purifica.
Esses atributos representam a essência da misericórdia divina e são recitados em momentos de súplica e arrependimento, como no Yom Kipur e nas orações de Selichot ( Perdão ).
Jogral: A História da Rainha Esther
Narrador: Nos tempos do rei Assuero, um império vasto se estendia, Da Índia à Etiópia, cento e vinte e sete províncias se via.
Coro: (Em uníssono) Assuero reinava com poder e glória, Mas em seu palácio se desenrolaria uma história.
Narrador: Um banquete real, dias de festa e alegria, Mas a rainha Vasti, em desafio, se escondia.
Vasti: (Com voz firme) Não me apresentarei, não serei humilhada, Minha dignidade é meu escudo, minha honra sagrada.
Achasverosh: (Com voz irada) Que afronta! Que desrespeito sem igual! Que seja deposta, e venha outra rainha, em seu lugar, afinal!
Narrador: E assim, um concurso real anunciaram, lindas Jovens de todo o reino, a beleza revelaram.
Mordekai: (Com voz preocupada) Esther, minha sobrinha, minha protegida, Seja discreta, oculte sua origem, sua vida.
Esther: (Com voz suave) Assim farei, Mordekai, confiarei em seu conselho, Serei apenas Esther, uma jovem em busca de espelho.
Narrador: E Esther, com sua graça e beleza singular, Conquistou o rei, tornando-se uma rainha popular.
Hamã: (Com voz maquiavélica) Mordekai, judeu insolente, não se curva a mim, Sua arrogância será sua ruína, e de seu povo, o fim!
Narrador: Hamã, o vilão, um decreto tramou, Para exterminar os judeus, a maldade arquitetou.
Mordekai: (Com voz urgente) Esther, rainha, seu povo está em perigo, Interceda pelo seu povo, seja nosso abrigo!
Esther: (Com voz determinada) Jejum e oração, por três dias e noites conclame, E então, ao rei me apresentarei, sem que ele me chame.
Narrador: Esther, com coragem e sabedoria, um plano traçou, Dois banquetes reais, onde a verdade revelou.
Esther: (Com voz emocionada) Rei Achasverosh, meu senhor, meu lindo! Um inimigo nos persegue, um plano pra nos destruir está vindo.
Achasverosh: (Com voz perplexa) Quem ousa tramar contra minha rainha de olhos de cristal? Que o culpado seja punido, que a justiça divina elimine esse tal!
Esther: (Apontando para Hamã) Hamã, o vilão, o traidor, o inimigo, Que seja enforcado na forca que preparoue tenha merecido castigo!
Coro: (Em uníssono) E assim, a justiça foi feita, o mal derrotado, O povo judeu salvo e o perigo afastado.
Narrador: Purim, a festa da alegria, da salvação, Em memória de Esther, a heroína da nação.
Coro: (Em uníssono) Que a história de Esther nos inspire a coragem, sem preguiça. A defender a verdade, a lutar pela mensagem da justiça
( Marcelo Barzilai )
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