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PARASHÁ BEHAR: Uma Sinfonia de Descanso e Liberdade

PARASHÁ BEHAR: Uma Sinfonia de Descanso e Liberdade

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Parashá Behar: Uma Sinfonia de Descanso e Liberdade

Em meio à vastidão do deserto do Sinai, o Criador, em sua infinita sabedoria, presenteia o povo israelita com um presente precioso: o descanso. A Parashá Behar, que significa “no monte”, ecoa como uma sinfonia de descanso e liberdade, tecendo uma tapeçaria de leis e ensinamentos que moldarão a vida dos israelitas para sempre.

Um Concerto de Sabatico e Jubileu:

Moisés, agora ungido como mensageiro divino, desce do Monte Sinai com as Tábuas da Lei em suas mãos. Ele convoca o povo, reunindo-os em um semicírculo expectante. O silêncio paira no ar enquanto ele se prepara para revelar as mensagens sagradas que o Criador lhe confiou.

As primeiras notas da sinfonia divina ressoam: “Seis anos semearás a tua terra, e seis anos colherás a sua colheita, e ajuntarás os seus frutos. Porém, no sétimo ano a terra terá descanso, descanso sabático ao Senhor; não semearás na tua terra, nem colherás a sua colheita, nem colherás as uvas das videiras não podadas” (Levítico 25:2-3). O descanso da terra, a cada sete anos, é apresentado como um ato de fé e gratidão ao Criador, que provê a vida e a abundância.

A melodia continua com o acorde do Jubileu: “Ao fim de cinquenta anos, proclamarás liberdade em toda a terra, a todos os seus habitantes; será jubileu; será santo para vós. Cada um voltará à sua propriedade e cada um retornará à sua família” (Levítico 25:10). A cada cinquenta anos, um novo ciclo de liberdade e justiça se inicia, restaurando a ordem social e econômica e liberando os escravos.

Um Dueto de Responsabilidade e Bênçãos:

A sinfonia divina também contempla a responsabilidade individual e as bênçãos coletivas: “Se guardardes os meus mandamentos e cumprirdes meus estatutos, então a terra dará os seus frutos, e vocês comerão até se fartarem, e habitarão nela em segurança. E a terra dará o seu fruto, e as árvores do campo darão o seu fruto em abundância” (Levítico 26:3-4). A obediência às leis divinas é apresentada como a chave para uma vida próspera e abundante.

Um Crescendo de Esperança:

Ao longo da Parashá Behar, a promessa de descanso e liberdade se entrelaça com as advertências contra a transgressão. O Criador, em sua infinita sabedoria, oferece aos israelitas um caminho para a justiça social, a prosperidade econômica e a comunhão espiritual. A sinfonia divina termina com um crescendo de esperança, convidando o povo a abraçar as leis divinas e construir uma sociedade justa e harmoniosa.

Reflexão:

A Parashá Behar nos convida a refletir sobre o valor do descanso e da liberdade em nossas vidas. Mais do que um simples direito, esses princípios são pilares de uma sociedade justa e próspera. É um convite para celebrarmos a generosidade do Criador, cuidarmos da terra e construirmos um futuro melhor para todos.

Lembre-se:

  • O descanso da terra é um ato de fé e gratidão ao Criador.
  • O Jubileu promove a justiça social e a restauração da ordem.
  • A obediência às leis divinas nos aproxima do Criador e nos conduz à felicidade.
  • A Parashá Behar é uma sinfonia de esperança que nos convida a construir um mundo melhor.

( Marcelo Barzilai )

Parashá Behar: Uma Comédia Divina no Deserto

Cena 1: Moisés, o Deus do Descanso (ou o Patrão que Te Dá Férias)

Moisés: (descendo do Monte Sinai com as Tábuas da Lei, suado e com cara de quem acabou de aprovar a lei de férias de 120 dias) Pessoal, reunião geral! Tragam seus cadernos e canetas, porque hoje vamos falar sobre um assunto muito importante: férias!

Povo: (murmúrios empolgados) Férias?! Já?! Acabei de começar a trabalhar! Será que vamos ter direito a descanso remunerado, plano de saúde e vale-transporte?

Moisés: (suspira) Calma, pessoal, não é bem assim. As férias que eu estou falando são para a terra, não para vocês. A cada sete anos, a terra precisa descansar, tipo um dia de spa, para se recuperar e dar frutos ainda melhores.

Povo: (desapontados) Ah… a terra descansar. Achei que ia ter algo mais legal, tipo um resort all inclusive no Mar Vermelho ou um fim de semana de compras no Egito.

Moisés: (rindo) Paciência, gente, tudo tem seu tempo. Mas hoje vamos falar sobre o Ano do Jubileu, que acontece a cada 50 anos. É tipo um ano sabático para toda a nação, com direito a perdão de dívidas, devolução de terras e liberdade para os escravos.

Cena 2: O Povo Lê as Leis (ou Tenta Decifrar o Código da Preguiça)

Povo: (lendo em voz alta) “No sétimo ano, farás repouso à terra, deixando-a sem ser semeada nem colhida.” “Ao fim de cinquenta anos, proclamarás liberdade em toda a terra, a todos os seus habitantes; será jubileu; será santo para vós.” “Cada um voltará à sua propriedade e cada um retornará à sua família.”

Povo: (com cara de confusão) O quê?! Terra sem plantar nada por sete anos? Liberdade para todos os escravos? Isso vai ser um caos! Quem vai pagar as contas? Quem vai cuidar das plantações? E os animais de estimação dos escravos, quem vai adotar?

Moisés: (rindo ainda mais) Calma, pessoal, as leis são para nos ajudar a viver em harmonia com a terra e com o próximo. O descanso da terra é importante para a saúde do solo e para a abundância das colheitas. O Ano do Jubileu promove a justiça social e a igualdade de oportunidades.

Cena 3: O Povo Tenta Praticar o Descanso (ou Fazer Malabares com Plantações)

Povo: (tentando seguir as leis) Ok, vamos tentar… Terra sem plantar por sete anos… hum, acho que vou ter que vender meu estoque de adubo e comprar sementes para o próximo ciclo. Liberdade para os escravos… bom, alguns vão querer continuar trabalhando, outros vão querer abrir seus próprios negócios, e outros vão querer ficar em casa assistindo novela.

Moisés: (observando com um olhar divertido) Vejo que o descanso e a liberdade não são tão fáceis quanto parecem. Mas não desistam! A cada ano, podemos aprender a cuidar melhor da terra e a construir uma sociedade mais justa.

Cena 4: O Povo Comemora o Descanso e a Liberdade (ou Faz Uma Festa de Despedida para as Plantações)

Povo: (cantando e dançando, mas com um olho no calendário para saber quando plantar de novo) Descansamos! Somos livres! Ou quase livres! Ou pelo menos estamos tentando!

Moisés: (juntando-se à festa, mas com um olho no estoque de comida para garantir que ninguém passe fome) Parabéns, pessoal! Vocês aprenderam muito hoje. Mas lembrem-se: o descanso e a liberdade são responsabilidades, não privilégios. Continuem aprendendo, crescendo e se esforçando para construir um mundo mais justo e próspero. E se precisarem de um guia, as Tábuas da Lei sempre estarão aqui para vocês.

Moral da história: O descanso e a liberdade não são apenas direitos, mas também responsabilidades. Cuidar da terra e construir uma sociedade justa são tarefas que exigem esforço e compromisso. As leis da Parashá Behar nos convidam a refletir sobre o valor do descanso, da liberdade e da justiça social, e a construir um mundo melhor para todos.

( Marcelo Barzilai )

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